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A economia mundial ainda sofre com alguns efeitos causados pela pandemia de covid-19, mas ainda assim os indicadores de alguns segmentos continuam apresentando significativas melhorias, à medida que a crise sanitária vai perdendo força. O setor de perfuração e completação é um exemplo nesse sentido. Na América do Sul, a atividade deve atingir o pico da atual década neste ano, após uma desaceleração significativa em 2020 devido à destruição da demanda global provocada pela pandemia de covid-19. A recuperação é liderada pelos poços offshore, impulsionada principalmente por um aumento na atividade no Brasil e na Guiana. Além disso, a América do Sul também está recuperando a participação no mercado global de novos poços perfurados. Os dados fazem parte de uma análise elaborada pela Rystad Energy.

Novos poços perfurados na América do Sul em 2014 contribuíram para 8% dos novos poços globalmente no setor offshore e 4% no onshore. Desde então, a atividade apresentou uma tendência descendente, especialmente após a queda dos preços do petróleo no final de 2014 e no ano seguinte. Depois, a perfuração onshore teve uma queda acentuada em 2016 antes de se estabilizar, enquanto a atividade de perfuração offshore teve um declínio relativamente mais suave.

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Em seguida, o número de novos poços perfurados na região sofreu um novo baque em 2020, com uma queda de 50% registrada em relação ao ano anterior, pois o surto de covid-19 causou estragos nos mercados globais. A atividade de perfuração na América do Sul em 2020 representou apenas 2% da atividade global onshore e 3% da offshore.

Felizmente, o jogo parece estar virando. O número de novos poços aumentou devido ao retorno da demanda e ao aumento do preço do petróleo e do gás. Espera-se que a atividade atinja o pico em 2022, antes de seguir outra tendência de queda no final da década, em parte devido ao Brasil ter encontrado volumes terrestres descobertos muito baixos nos últimos seis anos, dificultando o suporte ao crescimento de longo prazo. Para este ano, a previsão aponta para cerca de 200 poços offshore na América do Sul, além de pouco mais de 2.000 poços terrestres.

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A atividade de perfuração offshore na região permanecerá em cerca de 6% da atividade global nos próximos anos, enquanto a perfuração onshore permanecerá em torno de 3%. Deve-se notar que, embora a contagem de poços offshore na região seja significativamente menor do que a onshore, a produção offshore representa quase metade da produção atual da América do Sul e deve exceder a produção onshore até 2024 devido aos aumentos no Brasil e na Guiana”, escreveu a Rystad.

No Brasil, a grande expectativa exploratória até o final do ano está na Margem Equatorial. Na última semana, a Petrobrás revelou que espera iniciar a campanha de perfuração na Bacia da Foz do Amazonas no mês de novembro. A empresa tem 19 blocos na Margem Equatorial, sendo que a companhia deve fazer 14 perfurações nos próximos cinco anos, com um orçamento previsto em US$ 2 bilhões. “A Petrobrás está apostando alto de que vai descobrir petróleo e ter uma nova região produtora e geradora de riqueza para a sociedade na Margem Equatorial”, disse o diretor de exploração e produção da companhia, Fernando Borges.

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