A Petrobrás pretende avançar ainda neste mês na implantação do Projeto Malha Óptica da Bacia de Santos (MOP-BS), um empreendimento que visa aumentar a capacidade e da segurança na transmissão de dados em tempo real de plataformas marítimas. Ao todo, o projeto contará com um cabo troncal de 833 quilômetros, interligando a praia Balneário, na cidade de Praia Grande (SP), à praia da Macumba, no Rio de Janeiro. Questionada pelo Petronotícias, a Petrobrás disse que já concluiu os trabalhos necessários na Praia Grande. Enquanto isso, as obras na Praia da Macumba foram adiadas – o início de mobilização no canteiro estava previsto para julho, mas foi postergado para o final de agosto. A previsão de conclusão dessa etapa no litoral fluminense é até o final deste ano.
O Projeto Malha Óptica da Bacia de Santos prevê duas chegadas de cabos de fibra óptica – uma na Praia da Macumba e outra na Praia Balneário. Esses dois locais já são conhecidos por serem chegada de linhas de fibra óptica de empresas de telecomunicações. Os trabalhos que serão realizados a partir deste mês na Praia da Macumba envolvem a construção das caixas de transição (Beach Manholes – BMHs) nos calçadões e tubos plásticos de polietileno de alta densidade (PEAD) para chegada da futura fibra óptica. No momento, a previsão da Petrobrás é colocar a rede em operação até dezembro de 2023.
Localização da Malha Óptica – clique para ampliar
Como ilustra a figura ao lado, o cabo troncal vai conectar, ao todo, 13 plataformas da Bacia de Santos: PMXL-1, P66, P-67, P-68, P-69, P-70, P-71, P-74, P-75, P-76, P-77, FPSO Guanabara e FPSO Sepetiba. No futuro, a rede poderá conectar até 20 plataformas de produção. Além disso, o projeto contempla ainda um total de cerca de 208 quilômetros de cabos para os ramais e 13 umbilicais ópticos de 58 quilômetros, que serão usados para ligar as plataformas à malha.
No final do século passado, a Petrobrás foi pioneira na instalação de uma malha de fibra óptica de 500 km de cabos, interligando as plataformas da Bacia de Campos. Esta foi a primeira rede de comunicação óptica offshore do mundo, implantada em 1998.
O aumento da malha óptica das plataformas da Bacia de Santos abre um leque de novas possibilidades, como suporte online de fornecedores por transmissão de vídeo, adoção de tecnologias digitais em larga escala, monitoramento remoto de plantas de processo em tempo real, entre outras.
A rede de fibra óptica da Bacia de Santos deve injetar 15 terabytes por segundo (Tbps) de capacidade para as plataformas da Petrobrás. A petroleira gera um grande volume de dados sísmicos em suas unidades offshore. Uma única plataforma é capaz de criar 6 terabytes de dados em um só dia apenas com aplicação sísmica.