A Petrobrás anunciou hoje um acordo feito com a com a Bunge para compra de óleo de soja refinado destinado à produção de diesel R5 na Refinaria do Paraná, a REPAR. O anuncio foi feito esta manhã, indica que a matéria-prima começou a ser fornecida no final de julho com a produção ocorrendo em setembro desse ano. Cerca de 1,5 milhão de litros serão destinados aos primeiros testes comerciais do produto, que irão verificar a receptividade do mercado ao novo combustível. O Diesel R5 é produzido a partir do coprocessamento de óleos vegetais, neste caso de óleo de soja refinado, com óleo diesel de petróleo. O combustível sai da refinaria com cerca de 95% de diesel mineral (derivado do petróleo) e 5 % de diesel renovável, também chamado de diesel verde. As distribuidoras farão a adição dos 10% de biodiesel éster, conforme estabelece a legislação atual.
O diesel verde ou renovável é um biocombustível avançado, quimicamente igual ao diesel mineral, só que produzido a partir de matérias-primas renováveis, como óleos
PRODUÇÃO DA BUNGE
vegetais, gorduras animais ou até mesmo óleo de cozinha usado. Ele pode ser produzido em unidades industriais concebidas especificamente para sua produção, ou por coprocessamento em unidades de hidrotratamento já existentes, nas quais a carga da unidade é feita com diesel mineral misturado aos óleos vegetais. Nos testes comerciais a serem realizados, o produto será oferecido visando identificar segmentos interessados no uso desse combustível para redução das emissões de gases de efeito estufa.
Atualmente está em discussão no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a possibilidade do diesel renovável,
REPAR
produzido em unidades dedicadas ou por coprocessamento com óleos vegetais, também ser considerado no mandato de biocombustível presente no óleo diesel comercializado nos postos de combustíveis. Caso seja aceita, a introdução do novo combustível viabiliza a utilização de teores mais elevados de renováveis nos novos motores a diesel. A Petrobrás planeja expandir a produção do diesel com conteúdo renovável para mais duas refinarias no Sudeste e, futuramente, ter uma unidade dedicada ao processamento da matéria-prima renovável. Até 2026, serão investidos US$ 600 milhões com esse objetivo, por meio do Programa Biorrefino.Compartilhar: